O sertão é uma região com condições únicas à vida vegetal e animal. Entretanto, dilematicamente, o sertão é um local sob enormes ameaças ao seu equilíbrio preconizadas principalmente pelos desmatamentos, a poluição e a caça ilegal de animais silvestres.
O sertão do Rio Grande do Norte é um dessas maravilhas ameaçadas. O Instituto Boa Sorte esconde-se entre montanhas e serras no município de Caiçara do Rio dos Ventos a cem quilômetros de Natal. Por uma estrada de poeira, pedras, curvas, subidas e descidas, você encontrou ou encontrará este sítio: a expressão de um sonho de fazer nascer um sentimento verdadeiro de interesse em proteger o sertão, seja em sua ecologia, seus costumes, tradições, sua alma.
Seja nas músicas de Elomar Figueira Mello, de Luiz Gonzaga ou nas obras de Guimarães Rosa e Euclides da Cunha encontram-se muitas impressões quanto ao que seja o sertão.
Desertos como o sertão nordestino é propício à gênese de muitas experiências espirituais. O deserto foi o cenário para o nascimento do cristianismo, do budismo e também do xamanismo tolteca compartilhado em vários livros de Carlos Castaneda como “Viagem à Ixtlan” e “A Arte do Sonhar”.
O que podemos aprender sobre esse lugar, o sertão? Que tipo de ensinamento pode ser extraído? Que tipo de encontro podemos ter?
O Instituto Boa Sorte tem como propósito ser um local para se experienciar mais a fundo o sertão, lugar esse que se confunde com tantos outros locais com características áridas como os desertos chileno, americano, australiano, entre outros.
Ao experienciarmos mais a fundo o sertão terminamos por ter uma experiência conhecida como “transpessoal”, isto é que transcende o pessoal, e que faz o indivíduo perceber que a vida é muito mais que uma experiência psicológica, pois sob uma perspectiva quântica integra-se ao meio-ambiente, ao todo, a Deus, à universalidade.
O termo “boa sorte” refere-se à necessidade de acreditar na proteção de algo transcendente que favoreça esse lugar, essa experiência.
O símbolo que representa o Instituto Boa Sorte é um para-sol, um dos símbolos tibetanos da boa sorte. Para o budismo tibetano, o para-sol representa uma barreira de proteção contra os inimigos externos e internos - as emoções negativas, destrutivas. Segundo a tradição, confere um sentimento de bem-estar e harmonia, a certeza positiva de que tudo vai dar certo e de que os sofrimentos serão ultrapassados.
Que este lugar, que esta estada seja uma oportunidade para descobertas e para o seu crescimento pessoal.
Com apreço,
Julio Francisco Dantas de Rezende
Instituto Boa Sorte
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